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19/04/2017 15:25:48

AOJUSTRA participa de manifestação contra as reformas trabalhista e da Previdência

A AOJUSTRA se somou a várias entidades representativas de trabalhadores, servidores do Judiciário Federal, advogados e magistrados em uma manifestação em defesa da Justiça do Trabalho, contra a reforma da Previdência, a reforma trabalhista e a terceirização e rumo à greve geral no dia 28 de abril.  O ato público resultou de uma iniciativa do Sintrajud em parceria com a Amatra 2 e foi realizado na quarta-feira, 19 de abril, a partir das 13h30, no átrio do Fórum Ruy Barbosa.

Além da nossa associação, do Sintrajud e da Amatra2, participaram da manifestação o presidente do TRT-2, desembargador Wilson Fernandes, Anamatra, Amatra Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas, Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo, Sindicato dos Advogados de São Paulo, Tribuna Trabalhista, as centrais sindicais CUT e CSP Conlutas, além dos juristas Jorge Luiz Souto Maior e Marcus Orione. Cerca de 200 servidores, entre os quais vários oficiais de justiça, estiveram presentes.

Em sua fala, o vice-presidente da AOJUSTRA, Thiago Duarte Gonçalves, destacou as ameaças a todos os trabalhadores, em especial os servidores, contidas na reforma da Previdência e a importância da greve geral no próximo dia 28 de abril para enterrar de vez a proposta, já que o governo tem dado sinais de recuo após as manifestações ocorridas desde o Dia Internacional da Mulher, em 9 de março.

Para Inês Leal, servidora da Central de Mandados e diretora do Sintrajud, “o objetivo deste ato é chamar a atenção da sociedade para essas medidas que visam retirar nossos direitos, precarizar cada vez mais o serviço público, acabar com a aposentadoria e com os direitos trabalhistas”. Erlon Sampaio, oficial de justiça da Justiça Federal, diretor do Sintrajud e coordenador da Fenajufe, ressaltou que a aprovação da regulamentação da terceirização e as reformas propostas pelo governo Temer são os maiores ataques aos direitos dos trabalhadores nas últimas década e destacou o corte no orçamento da Justiça do Trabalho.

O corte orçamentário já havia sido mencionado na primeira fala do evento, pelo presidente do TRT-2, desembargador Wilson Fernandes. Segundo ele, está ocorrendo “uma questão muito grave”, que é a impossibilidade de substituição de servidores. “Temos aposentado de 20 a 30 servidores por mês, o que significa que teremos até o final do ano cerca de 300 servidores a menos. Dá a impressão que o objetivo é acabar com nossa atividade por inanição.”

Para o juiz do Trabalho Jorge Luiz Souto Maior, os projetos de reformas trabalhista e da Previdência representam um grande risco para o estado democrático de direito. “O projeto de reforma trabalhista destrói por completo todo o arcabouço jurídico trabalhista, mas não só isto, essas reformas além de destruir a CLT, a Justiça Trabalhista e a previdência, vão destruir também a própria Constituição”, afirmou. 

No final do ato, os servidores fizeram uma votação simbólica para ressaltar a paralisação do Judiciário Federal e a participação na greve geral do dia 28 de abril.

(Com informações do site do Sintrajud)