Solidariedade
Porto Velho é uma das comunidades beneficiadas com a Campanha de Solidariedade da Aojustra
Local abriga cerca de 800 famílias em condições materiais degradantes com ausência de coleta de esgoto e fornecimento de água irregular.
A Campanha de Solidariedade da Aojustra entra, nesta segunda-feira (22), na 11ª semana de arrecadações. Até o momento, foram mais de R$ 41 mil que ajudaram as famílias que vivem região do Grajaú, em São Paulo.
Umas das beneficiadas é a comunidade Porto Velho, que recebeu a maior parte das doações, e abriga cerca de 800 famílias em condições materiais degradantes. São ruas de terra batida, ausência de serviço de coleta de esgoto e fornecimento de água irregular, sendo que a maioria das casas não conta com caixas de água. No mês de maio, por exemplo, em meio à pandemia, o fornecimento foi suspenso por 15 dias.
Diante da escassez de água, às vezes é preciso pedir ajuda ao vizinho para que seja possível preparar as refeições; os banhos são de caneca e é muito difícil manter a rígida rotina de higiene, indispensável para evitar o contágio pela COVID-19.
A maioria das moradias são pequenos barracos, construídos com madeirites, e é comum encontrar famílias de oito pessoas que residem em dois cômodos.
Além disso, existe na região uma comunidade imigrante oriunda de diversos países da África que encontram dificuldades junto aos órgãos públicos para obtenção dos documentos e acesso a benefícios sociais.
Não bastasse isso, as medidas de isolamento social, acentuaram o quadro de caos social.
Assim como em toda a região do Grajaú, a maioria dos moradores encontra-se desempregada e sem possibilidade de realizar atividades informais para angariar recursos e muitos ainda aguardam a aprovação da renda básica emergencial do Governo.
Diante disso, é comum encontrar moradores que, sem recursos para a compra de gás de cozinha, improvisam o cozimento dos alimentos por meio de chamas acesas entre blocos dispostos no chão.
Antes da pandemia, muitas crianças tinham acesso a alimentação equilibrada fornecida nas escolas e creches. Contudo, fora do ambiente escolar, as famílias não conseguem oferecer uma alimentação satisfatória, tampouco a manutenção das atividades educacionais e lúdicas indispensáveis para o desenvolvimento intelectual, emocional, psicológico dos menores.
Com as baixas temperaturas, os abrigos de madeira não protegem do frio, razão pela qual além da arrecadação de valores financeiros utilizados na compra de cestas básicas, gás de cozinha e remédios, a Aojustra ampliou as doações em uma ação emergencial, que acontece até a próxima terça-feira (30), para a coleta de roupas, cobertores e brinquedos.
As roupas e brinquedos podem ser entregues na recepção do prédio onde fica a sede da Aojustra, na Rua Joaquim Manoel de Macedo nº 305, Conjunto 73 (ao lado do Fórum Ruy Barbosa na Barra Funda).
Já as doações em dinheiro permanecem ativas por prazo indeterminado e podem ser feitas através do Banco do Brasil/ Ag: 2800-2/ C-C: 129.084-3 - em nome da Aojustra, CNPJ: 12.908.469/0001-02.
Após a doação, é preciso encaminhar o comprovante do depósito para o e-mail aojustra@outlook.com, com a informação que se trata de doação para a campanha de solidariedade.
A Aojustra enfatiza que a quantia recebida tem sido menor nas últimas semanas e reforça que as demandas do local são inúmeras. Por isso, é importante que todos participem e contribuam! “Se cada um ajudar com pouco, teremos muito a distribuir para as pessoas que necessitam”, ressalta a diretora Simone dos Santos Oliveira.
Clique Aqui para acessar a prestação de contas das últimas duas semanas da Campanha
Da assessoria de imprensa, Caroline P. Colombo